domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
A LÓGICA DA REGULAMENTAÇÃO DA ACUPUNTURA E DA MEDICINA NO CONGRESSO NACIONAL

Como funciona o nosso Congresso Nacional, poder da Republica que os brasileiros deveriam ter orgulho, mas que tem caminhado por veredas duvidosas ao requerer ''situações especiais'' de tramitação de Projetos de Lei em regime de “urgência”?
O caso dos royalties do petróleo é um desses projetos que está atropelando o rito natural de tramitação, visando favorecer a determinados segmentos políticos. O outro caso emblemático no Congresso Nacional, particularmente no Senado Federal, é o da regulamentação da Medicina no Brasil, projeto de lei que teve origem na Câmara Federal, e que tramitou dentro de uma coerência legislativa aceitável, mas, que agora, no apagar das luzes do ano de 2012, num açodamento jamais visto, alguns senadores, motivados não se sabe o porquê, tentam aprová-lo sem a necessária reflexão sobre os efeitos sociais de tal projeto.
Todo projeto de lei que ao final de cada ano tem sua tramitação acelerada, certamente, tem algo errado e obscuro. Repentinamente, melhor dizendo, desapercebidamente, no apagar das luzes de todos os anos, aparecem essas "urgências" para a aprovação de Projetos de Lei dos mais polêmicos aos mais extravagantes, na maioria das vezes para beneficiar algum grupo ou alguns interesses, longe da opinião pública e de muitos políticos contrários a esse tipo de manipulação do poder legislativo.

O Projeto de Lei do Ato Médico é tão estapafúrdio que o próprio Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde se posiciona contrário. Além disso, todos os segmentos da área da saúde são contra, incluindo os estudantes de medicina. A maioria da classe médica é igualmente contrária ao texto do referido Projeto. Ora, quem então é a favor dessa excrescência e a quem ela favorece? Vamos dissecar este monstrengo?
Inicialmente, faz-se mister indagar o quanto custa ao erário publico centralizar o poder da saúde e quais os beneficiários dessa estratégia. É do conhecimento de todos que o sistema de saúde do Brasil tem dono, e esse poder é fracionado em segmentos como foram criadas por aqui, no século XVI, as capitanias hereditárias. Na atualidade, os donos do poder não são eleitos pelo povo, pois eles estão representados por seus "testas de ferro" para defenderem seus próprios interesses. São eleitos pelo voto direto, porém muitas vezes manipulados a revelia do pobre cidadão. Todos os que defendem os corporativismos, as jogadas políticas, facilitando a falcatrua, agem como verdadeiros estelionatários eleitorais. Irremediavelmente, não há solução em curto prazo para que tenhamos uma representação legislativa isenta e imparcial. Com o amadurecimento da democracia no país será possível atingir esse ideal. Mas, enquanto isso, somos forçados a fiscalizar os atos legislativos para evitar que forças ocultas e lobbies agressivos consigam atingir seus objetivos, na maioria das vezes em prejuízo para a sociedade.
As tramitações dos Projetos de regulamentação da Medicina e da Acupuntura andam em paralelo no Senado Federal. Todavia, o projeto da Acupuntura caminha vagarosamente, sem “urgência” com muitos pedidos de vistas pelos parlamentares quando não, sobrestado. Já o projeto da Medicina tem outro tipo de tratamento e agilidade dentro do Senado, uma vez que muitos senadores e deputados são médicos e são pressionados pelo lobby das entidades da classe médica, sobretudo do Conselho Federal de Medicina. À propósito, quem é que paga esses lobistas? São recursos oriundos da anuidade dos profissionais médicos, ou são recursos de outra origem? Se for assim, que fique clara para os médicos a procedência desses recursos. Quanto aos profissionais de acupuntura, estes sim não têm recursos para bancar lobbies em Brasília, tampouco contam com o apoio da maioria das instituições da área no tocante à captação de recursos para constituir lobbies.

No caso da Medicina, a verdade é que ela tem que ser regulamentada no país, sobretudo para defender a população contra atos médicos inadequados, evitando assim o erro profissional, seja ele por negligência, por imprudência e, sobretudo, por imperícia. O que não é mais aceitável é que nessas circunstâncias projetos de lei venham tentar robustecer as competências do profissional médico em áreas do conhecimento da saúde que ele jamais estudou e que é de competência de outros profissionais. Esse é o xis da questão: competências!
É inimaginável aceitar a tese de que apenas o profissional médico tenha competência para diagnosticar e tratar pacientes com total exclusividade, atropelando as competências dos demais profissionais da área da saúde em pleno século XXI. Absurdos como este só podem ter abrigo em países que estejam submetidos a regimes autoritários ou cuja opinião pública esteja completamente alienada das questões sociais. Infelizmente, nossos políticos sabem disso, mas fingem que estão defendendo o cidadão, incorporando uma posição maniqueísta que se refletirá em um futuro preocupante.

As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, instituídas pelo Ministério da Saúde no ano de 2006, foram alvo de críticas e perseguições por parte dos Conselhos de Medicina e de órgãos relacionados a estes, com o objetivo de esvaziar um programa social de excelente qualidade. O fato é que este programa não dava lucro ao segmento médico-farmacêutico do país. A reação do corporativismo foi tanta que o Conselho de Medicina do Rio de Janeiro publicou no Jornal O Globo um anúncio caríssimo com o seguinte título: “Ministério da Saúde faz mal a Saúde”. Absurdos como este, com divulgação nas principais mídias do país, têm induzido a população ao erro de avaliação. A grande massa da população brasileira está completamente alienada dessas questões e é exatamente por isso que essas entidades que possuem certo “crédito social” se aventuram em lançar suas “opiniões” em público, passando-se como vítimas do sistema ou em defesa da sociedade...
Quando a sociedade avoca o Poder Judiciário, no caso o Supremo Tribunal Federal, para se socorrer de desmandos inconstitucionais dos outros poderes da Republica é porque a coisa está feia, a coisa vai muito mal...
O Governo Brasileiro terá que controlar essas ambições desmedidas dos corporativismos e sancionar leis que realmente sejam em benefício da sociedade, fazendo prevalecer a verdade, a justiça e o bem social. Regulamentar a Acupuntura, sim, porém sem exclusividade. Regulamentar a Medicina, sim, mas sem medicocracia.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
AS ENERGIAS PERVERSAS SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Sendo assim os fatores patogênicos exógenos não são meros coadjuvantes e sim causadores do desequilíbrio yin - yang causando doenças.
São seis as energias perversas, vejamos cada uma.

As características gerais do vento perverso são, patologias de natureza yang, dores erráticas, agitação, sudorese, temor ao vento e doenças de evolução rápida.
A prevenção se dá ao evitarmos os seus fenômenos indutores são principalmente a exposição ao vento após a transpiração e dormir em local com correntes de ar.

O frio perverso tem como características gerais provocar doenças que apresentam bloqueio da circulação de qi e sangue, contrações, temor ao frio, calafrios e dores que repuxam.
Devemos prevenir através de cuidados no sentido de evitar seus fatores indutores que são a exposição ao frio e tomar chuva ou vento após a transpiração.

Suas características gerais são, fator patogênico yang, resulta da transmissão do calor e do fogo, apresenta origem única externa, penetra e se espalha no corpo, provoca sudorese, fere os jinye e esgota o qi..
Devemos nos prevenir através de cuidados evitando os seus fenômenos indutores tais como a exposição prolongada ao sol nos dias quentes ou a permanência por longos períodos em ambiente quente com pouca ventilação.
4ª- UMIDADE (SHI), é de frequência maior no final do verão, onde ocorre a época das chuvas , que segundo o poeta são as águas de março levando o verão, trazendo as doenças relacionadas à umidade. As características gerais da umidade perversa é ser de natureza yin, pesada e impura, sensação de peso na cabeça e no corpo e entorpecimento.
Seus os fenômenos indutores são o uso de roupas molhadas pela chuva ou transpiração, habitar em locais baixos e úmidos ou exposição freqüente e por período prolongado com água no dia-a-dia, os quais devemos como forma de prevenção.

Fator patogênico está apto a consumir yin liquido, especialmente o yin do pulmão.
Suas características gerais são, consumo de yin líquido, especialmente o yin do pulmão, pele seca, enrugada e rachada, secura na boca e nariz, secura e irritabilidade na garganta e tosse seca.
A prevenção se dá quando nesta época tomamos muita água e mantemos os locais de trabalho e moradia umidificados
6ª- CALOR (RE) e FOGO (HUO)
São fatores patogênicos yang que possuem intensidades diferentes, considerando o fogo é mais grave e o calor mais suave.
Tem como características gerais as manifestações hemorragicas tais como, hematêmese, hemoptise, epistaxe e erupções de pele. Pode provocar infecções de pele e furúnculos.
A prevenção se dá quando evitamos a exposição ao calor extremo por longos períodos.
Conheça mais lendo o livro Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa, Editora Icone. 25/08/10
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