Aos 19 de março de 2011, reuniu-se em Carapicuíba, o Fórum Paulista da Luta Antimanicomial, no prédio do antigo Sanatório Anhembi atual FALC (Faculdade da Aldeia de Carapicuíba). A reunião contou com a participação de convidados como Paulo Amarante (FICORUZ), Eduardo Vasconcelos (UFRJ) e Mirsa Dellosi (SES SP). Nessa reunião, compareceram mais de 300 pessoas e entidades de diversas regiões do Estado de São Paulo (Grande São Paulo, Litoral e Interior). A partir da realização de uma atividade do Movimento da Luta Antimanicomial em um espaço antes destinado ao asilamento, a proposta do Fórum Paulista da Luta Antimanicomial foi a avaliação da conjuntura e discussão sobre desafios no âmbito da Saúde Mental expostos pelo relatório da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.
Foram elencados os seguintes pontos decorrentes da apresentação dos convidados e da discussão, apresentados preliminarmente agora aos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, reunidos XXV Congresso de Secretários Municipais de Saúde em Santos.
Reivindicamos:
Ampliação da implantação dos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) a partir dos dados do Censo psicossocial de moradores em hospitais psiquiátricos realizado pela SES/ SP, em 2008;
Realização de monitoramento e avaliação sistemáticos dos moradores em Hospitais Psiquiátricos e do processo de implantação dos Serviços Residenciais Terapêuticos no Estado de São Paulo, a cada dois anos;
A retomada da avaliação – PNASH e outros órgãos de fiscalização no Estado - com a divulgação e discussão dos resultados, envolvendo nesse processo as equipes, o controle social e as áreas afins, visando, entre outros objetivos, a apuração de violação dos direitos humanos nos Hospitais Psiquiátricos;
O fortalecimento e organização do controle social para acompanhamento e proposição de políticas voltadas ao campo da Saúde Mental;
O esforço de gestores, trabalhadores e usuários para a criação de legislação municipal que garanta a continuidade e consolidação da rede de cuidados em Saúde Mental, considerando as particularidades regionais existentes;
Organização de espaços de Educação Permanente e Capacitação profissional para os trabalhadores da saúde mental e atenção básica;
Garantir que os técnicos de referência dos serviços substitutivos (CAPS,NAPS,etc) assumam também o papel de agenciadores do cuidado integral dos usuários e dos familiares sob suas responsabilidades, o que inclui o acompanhamento dos cuidados gerais de saúde;
O fortalecimento das políticas públicas de saúde mental para o segmento infância e juventude no sentido de ampliação da rede existente, articulação intersetorial, qualificação profissional e garantia das equipes mínimas de cuidado.
A defesa de políticas e estratégias de redução de danos e o não incentivo de ações de Comunidades Terapêuticas no âmbito do SUS, consolidando estratégias de cuidado, pautadas em serviços de base territorial e comunitária.
Repudiamos:
A constituição de serviços públicos gerenciados por OSS (Organizações Sociais) e outras estratégias que não sejam de administração pública e direta e reafirmamos a Constituição Brasileira compreendendo a saúde como direito do cidadão e dever do Estado;
E o PROJETO 45/10 que prevê a dupla porta e mais recursos para as OS da Saúde no Estado de São Paulo.
Comissão de Redação do Fórum Paulista da Luta Antimanicomial
Por que não fazer como na Casa de Saúde Anchieta ?
ResponderExcluirA Casa de Saude Anchieta foi um grande exemplo de sucesso dos Movimentos de Luta Antimanicomial
ResponderExcluirsempre teremos satisfação em reelembrar esse importante capitulo da Reforma