domingo, 19 de fevereiro de 2012

HORIZONTE

                                                                                                                
As portas já não fecham nada,
As janelas não tapam horizontes,
A tv virou uma peça de arte,
O fogão um tele-transporte do futuro,
A geladeira um caixão primitivo,
A moto um cavalo sem alma,

Tudo ficou estranho sem você

O sol derrete em suor,
As nuvens trazem mensagens,
No horizonte meus olhos se fecham,
Os ventos são ondas eletromagnéticas,

Tudo ficou estranho sem você

A grande sala volta a sua paz,
Depois de caminhar em silêncio,
A terra preciza de sangue,
E eu de você,

Pois tudo ficou estranho sem você

Na solidão pulei dentro do espelho,
Existem coisas interessantes lá dentro,
Dias monótonos, curtas semanas,
A algo que cobre a realidade,

Atravessei a cidade acordado,
Atravessei o outro lado da noite.

Marcelo Melinsky de Morais

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TUIM PARTE 2

Tantos fatos ao mesmo tempo, que eu não podia julgar,
A vida é muito curta, e não há tempo a esperar,
Que um dia a sorte chegue pra poder me ajudar,
A curtir minha conquista antes do meu fim chegar.

E o medo que eu tinha de não ter coragem,
Fugindo da realidade, eu encontrei uma falsa amizade
Não era alegria, era só euforia para a festa começar.
A minha familia adoecia enquanto eu enlouquecia.

E fazendo a mesma coisa cometia os mesmos erros
E a cada dia era um novo pesadelo dividido em partes.

Hojé eu quero parar mais não sei onde está o problema,
Estou na loucura viajando nas ruas eu sei,
me desprendi, me perdi mais não sei sair deste esquema,
Quero mais,
Quero mais,
Quero mais,
Crack.

Marcelo Melinsky de Morais

domingo, 12 de fevereiro de 2012

TUIM, DE MARCELO MELINSKY DE MORAIS

Muda o artista, a história é a mesma,Vira a noite na correria,
Nada mais satisfazia,
Dor nos ossos para anestesiar a alma.

Na hora do tuim a eternidade dura 5 minutos,
Cai o noia a sonhar, sonhar e acordar,
Com o que sobrou do tuim.

Sem saber se é demais,
Se droga até quase morrer.
De hospício em hospício tenta viver.

Sofrimento perigoso em breve chegara,
Sem julgar você vera,
Se é pouca sorte, ou muito azar

Julho de 2006.